A presidência do PL (Partido Liberal) resolveu retirar o comando estadual do partido em Mato Grosso do Sul do deputado federal Marcos Pollon. Ele será substituído pelo titular que for indicado pelo presidente nacional, Valdemar da Costa Neto. A mudança vem após a aliança do PL com o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) para as eleições de outubro, que vão definir prefeitos e vereadores.
Em vídeo, Pollon disse que "tomou um soco no estômago" e, contrariando a direção nacional, colocou-se como pré-candidato a prefeito, no último sábado (29). A aliança gerou insatisfação entre membros do partido, que manifestaram apoio a Pollon, nesta semana.
O PL deve indicar um candidato a vice na chapa do pré-candidato a prefeito deputado federal Humberto Pereira, o “Beto Pereira” (PSDB).
O deputado estadual Carlos Alberto David, o “Coronel David” (PL), que reuniu-se na quarta-feira (3) com o ex-presidente Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira (4) que a indicada para candidata a vice-prefeita é a ex-subcomandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), Neidy Nunes Barbosa Centurião, a "Coronel Neidy".
"Recebi hoje a informação do Waldemar da Costa Neto que não estarei mais à frente da gestão do partido. Agradeço a todos que ombrearam comigo nesta trajetória e dos que precisarem de mim, e do meu mandato de deputado federal, comunico que sigo à disposição", diz Pollon, que deverá seguir filiado ao PL, partido pelo qual se elegeu em 2022 com 103 mil votos.
O deputado divulgou um balanço de seu tempo na presidência estadual, destacando que houve a implementação de 79 diretórios municipais, “fornecendo ao PL, a condição de terceira sigla a chegar à capilaridade total de cidades com representantes em Mato Grosso do Sul”. Ele enfatizou ainda o recorde de 300 pré-candidaturas de mulheres em MS, entre os 20 mil membros.
Vídeo - Em um clube de tiro, no sábado (4), Pollon gravou um vídeo revelando estar surpreso com a aliança dos partidos.
"Lembra daquele cara lá atrás que falou que não votava nem na mãe se ela estivesse no PSDB? Vocês lembram daquele cara que cortou a melância e falou que melância no PL só em cima da mesa? Então, esse cara sou eu", disse o deputado, logo após a divulgação da união dos partidos.
Pollon disse ainda que não queria ser candidato a prefeito porque tem maior interesse na pauta nacional em defesa do armamento da população por meio da Câmara dos Deputados.
Até então, o deputado dizia que acataria o que o ex-presidente Jair Bolsonaro decidisse, mas no vídeo deixou claro que não foi avisado da reunião da "alta cúpula" entre Bolsonaro e outros membros do partido de MS. Independente do que foi "fechado lá em cima", nas palavras dele, o deputado resolveu colocar-se como pré-candidato.
A nota divulgada hoje, no entanto, diz que "o ciclo de Marcos Pollon na liderança da sigla se encerra com o agradecimento da confiança do Presidente Jair Bolsonaro e o agradecimento a todos que acreditam no projeto de crescimento do PL".