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Brasileira condenada à prisão perpétua na Argentina foge de presídio

Amanda Alves Ferreira foi condenada à prisão perpétua pelo assassinato de uma também brasileira em Bariloche, na Argentina, em 2022

08/08/2024 às 19h25
Por: Redação Fonte: Metrópoles
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Divulgação/ Governo de Rio Negro
Divulgação/ Governo de Rio Negro

Amanda Alves Ferreira, de 30 anos, condenada à prisão perpétua em 2023 pelo assassinato de Eduarda Santos de Almeida, com então 27 anos, fugiu do presídio que estava em Bariloche, na Argentina.

Segundo a polícia da província de Rio Negro, a fuga aconteceu na última terça-feira (6/8), pouco depois das 21h30. Ferreira fugiu usando roupas escuras, boné e tênis claro.

A polícia local também afirmou que as buscas já foram iniciadas. O diretor do presídio de Bariloche, José Ibarra, afirmou que o Serviço Penitenciário vai trabalhar em parceria com as forças de segurança.

Condenada a prisão perpétua

Ferreira foi condenada em julho de 2023. De acordo a Folha de S. Paulo, quando o crime aconteceu em 2022, ela, que é de São Paulo, se identificava como homem, mas durante o processo passou a se identificar como uma mulher trans.

Segundo o jornal argentino La Nación, a brasileira pediu ao juiz para ser identificado como Amanda e o magistrado aceitou.

Por conta da mudança, o júri popular descartou a hipótese do caso ser tratado como feminicídio ou violência de gênero. Mesmo assim, Ferreira foi condenada à prisão perpétua por homicídio qualificado.

Barriga de aluguel

Em audiência de custódia, a condenada confessou o crime e afirmou que contratou a vítima para ser barriga de aluguel. Amanda, enquanto ainda se identificava como Fernando, era casada com um outro homem e o casal não podia ter filhos, por isso contrataram Eduarda, que gestou os dois filhos gêmeos do casal.

No depoimento, Ferreira diz que Eduarda passou a fazer exigências que não estavam previstas no contrato de barriga de aluguel e passou a ser chantageada por ela.

A condenada ainda disse que além de pedir mais dinheiro, a jovem dizia que iria levar as crianças para o Rio de Janeiro, onde morava antes de ir à Argentina. Ferreira mencionou que estava “correndo risco de vida” e alegou que a vítima tinha ligação com o tráfico de drogas.

Nove tiros

O corpo de Eduarda foi encontrado na região turística de Circuito Chico com vários hematomas e marca de nove tiros.

Ferreira se apresentou, mesmo contra a recomendação dos advogados, e confessou o crime:

“Gostaria de receber apoio psicológico e me declaro culpado pela morte de Eduarda Santos. Sou responsável. Não planejei, mas tive a opção, considerando que minha vida estava em perigo. Desculpe, mas minha vida veio em primeiro lugar”, disse Amanda à época.

Além de acompanhamento psicológico, ela também pediu investigação no celular e disse que a segurança dos filhos estaria em primeiro lugar. “Minha cunhada já chegou a Bariloche e é responsável pelos meus filhos. Neste momento, é a coisa mais importante para mim”, frisou.

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