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Com índice de 166 PM 2.5, Porto Murtinho é considerado o município com o ar mais insalubre de Mato Grosso do Sul

Confira ranking da qualidade de ar em cidades de MS

10/09/2024 às 10h46
Por: Redação Fonte: Jennifer Ribeiro – Midiamax
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Porto Murtinho Notícias
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Nas últimas semanas, Mato Grosso do Sul tem encarado condições climáticas mais críticas que as do deserto do Saara. Com as altíssimas temperaturas, a umidade relativa do ar bem abaixo do indicado e uma fumaça densa totalmente prejudicial à saúde encobrindo as cidades, respirar se tornou uma tarefa quase impossível.

Um monitoramento realizado pelo The Weather Channel, que fornece previsões nacionais e internacionais por meio de um radar meteorológico, indica quais locais no mundo são consideráveis insalubres para se respirar. Mato Grosso do Sul, como outras muitas cidades do Brasil, marcam ‘check’ neste quesito.

O primeiro é o PM 2.5 (Partículas Inferiores a 2,5 microns), que se refere a pequenas partículas de poeira no ar, que têm 2,5 microns ou menos de diâmetro, que conseguem penetrar o sistema respiratório até ao nível alveolar, interferindo no processo respiratório e acarretando risco grave para a saúde.

Já o segundo com maior índice no ar é o PM 10 (partículas inferiores a 10 microns). Assim como o anterior, são partículas prejudiciais à saúde quando inalados, no entanto, podem ser maiores. Por fim, o terceiro poluente mais encontrado no ar do estado é o ozônio, um gás tóxico que pode causar graves problemas respiratórios.

Abaixo você confere o índice de algumas cidades sul-mato-grossense que indicam ar insalubre.

Porto Murtinho

Com índice de 166 PM 2.5, Porto Murtinho é considerado o município com o ar mais insalubre de Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (10). Isso significa que todos os moradores podem começar a sentir efeitos na saúde, principalmente aqueles que apresentam alergias ou comorbidades. Conforme o monitoramento, a cidade deve marcar máximas de 39 °C e 14% de umidade relativa do ar.

Miranda

A cidade de Miranda entra em 2° lugar neste ranking. Com índice de 159 PM 2.5, o ar no município também é considerado insalubre e, assim como em Porto Murtinho, toda a população pode começar a sentir os efeitos na saúde, como tosse, dor de cabeça e falta de ar. Isso pode ser ainda mais grave em pessoas com a saúde mais delicada. A previsão indica máximas de 39 °C e umidade relativa do ar de 13%.

Corumbá

Por apresentar uma umidade relativa do ar um pouco superior, Corumbá ocupa o 3º lugar na lista. Apesar disso, não significa que os corumbaenses estão respirando um ar de qualidade. Ao contrário, o índice de PM 2.5 na cidade também é de 159. Por isso, na Cidade Branca, os cuidados precisam ser redobrados. Todos podem sentir os efeitos da poluição e apresentar piora na saúde. Lá, a máxima prevista é de 39 °C, com umidade relativa de 15%, nesta terça.

Dourados

Em Dourados, o cenário não está tão diferente. Com a umidade relativa do ar em 13%, muitos moradores podem apresentar problemas de saúde, afinal, o ar também é considerado insalubre, com índice 155 de PM 2.5. Os cuidados com a saúde precisam ser levados a sério, principalmente em relação às crianças, idosos e pessoas com comorbidades. A máxima prevista para esta terça é de 38 °C.

Campo Grande

Por fim, em 5º lugar, está Campo Grande, com 12% de umidade relativa do ar. Com tanta fumaça no ar, é claro que os campo-grandenses não estariam livres de respirar um ar insalubre nos últimos dias. Nesta terça-feira, a situação não é diferente. Conforme o monitoramento, o ar apresenta 135 PM 2.5. Para o público em geral, isso não apresenta danos tão consideráveis, mas, para os grupos de risco, sim. A máxima prevista para a Capital é de 37°C.

Previsão para os próximos dias

Conforme o meteorologista do Cemtec MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), Vinícius Sperling, os incêndios florestais que ocorrem em várias regiões do país são responsáveis pela emissão desses poluentes na atmosfera, o que prejudica diretamente a saúde humana e o meio ambiente.

“Hoje, a poluição do ar é uma grande ameaça para saúde humana, principalmente nos grandes centros urbanos e, agora, devido a muito incêndios de grandes proporções no país. O monóxido de carbono, partículas de fuligem e elementos tóxicos presentes na fumaça geram uma série de efeitos no corpo humano”, explica.

Essas condições, porém, contribuem para sintomas como tosse, falta de ar, aumento de doenças respiratórias, inflamação e diminuição da função pulmonar.

Conforme Vinícius, para os dias 15 e 16 de setembro há um indicativo de melhora momentânea para algumas regiões do estado, principalmente na metade sul. Isso deve acontecer devido à chegada de uma curta frente fria, com possibilidade de chuva. A umidade relativa do ar pode passar para 50 a 60%.

Os municípios do norte do estado, que apresentam o cenário mais crítico em qualidade de ar, porém, não devem apresentar esta melhora.

Já em relação à fumaça que persiste em Mato Grosso do Sul, o meteorologista explica que não há previsão de trégua. Pelo contrário, o monitoramento indica condições favoráveis para os próximos dias. Conforme o especialista, não é possível estipular o dia para o fim da cortina de fumaça, pois, mesmo com as mudanças dos ventos, há um corredor de fumaça carregada de outras regiões, por exemplo, da Amazônia, Paraguai e estados vizinhos.

“Nesses últimos dias, devido aos ventos de leste a nordeste, vem muita fumaça de São Paulo e Minas Gerais. Todos os biomas queimam muito. Ou a gente vive com fumaça, ou mudamos (os hábitos) urgentemente. As secas e as ondas de calor estão aí provando que precisamos pensar. Não existe imunidade para isso (fumaça). Está péssima a qualidade do ar, talvez, não percebemos tanto, mas tem impactos para população”.

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