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Dnit aguarda projetos para desapropriações do acesso à ponte da Rota Bioceânica

Serão 22 propriedades desapropriadas ao longo de 13 km; barracões de empreiteiras já estão sendo levantados.

16/09/2024 às 13h19
Por: Redação Fonte: Lucas Mamédio - CG News
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Mapa do Dnit mostra traçado do acesso que vai ligar a BR-267 até a ponte Bioceânica, entre Porto Murtinho (MS) e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta
Mapa do Dnit mostra traçado do acesso que vai ligar a BR-267 até a ponte Bioceânica, entre Porto Murtinho (MS) e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta

O Departamento Nacional de Trânsito (Dnit) disse que ainda espera a aprovação de projetos onde constam exatamente as parcelas de terra de cada propriedade particular a ser desapropriada para iniciar as obras do acesso que ligará a BR-267 à ponte da Rota Bioceânica, em Porto Murtinho, na fronteira com o Paraguai, até a cidade de Carmelo Peralta.

"Com a definição exata do traçado do contorno rodoviário, o Dnit dará início aos trâmites necessários para a efetivação da desapropriação de terras, que afetará em torno de 22 propriedades, ao longo dos 13 Km de rodovia", explicou em nota.

Os barracões que vão abrigar os funcionários e equipamentos, inclusive, já estão sendo montados às margens da rodovia. Imagens aéreas mostram quão avançada está a montagem da estrutura.

Inclusive, o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), em reunião com alguns desses proprietários, disse ter ouvido reclamações sobre a falta de informação em relação às desapropriações.

Em resposta a essas supostas reclamações, o Dnit disse que ainda fará contato com os proprietários de terras da região para informar sobre a execução da obra e sobre as fases do processo de desapropriação.

Vista aérea dos barracões levantados pelo consórcio PDC Fronteira (Fotos: Toninho Ruiz)
"O órgão assegura que todos os proprietários serão devidamente indenizados, conforme previsto na legislação em vigor. Todos os envolvidos participarão de audiências de conciliação para a desapropriação na Justiça Federal".

Ainda conforme o órgão, o cronograma está mantido, com o prazo de 26 meses consecutivos para a execução da obra, o que faria ela ser entregue em 2026. Porém, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, abriu nova possibilidade afirmando que as chuvas podem atrapalhar.

"São 2 anos e meio para o acesso até a ponte ficar pronto. Precisa correr muito para inaugurar em 2026, se não chover muito. Se tiver atrasos, pode acontecer de inaugurar a alça no início de 2027. De qualquer forma está aí. Não é sonho, o dinheiro já está em caixa e a obra está em andamento”, justificou.

Detalhamento do projeto - O acesso rodoviário terá 13 quilômetros de extensão, custará R$ 472 milhões e passará por dezenas de propriedades rurais, o que vai demandar um complexo processo de desapropriações encabeçado pelo Dnit.

De acordo com o projeto detalhado do acesso, a pista de rolamento do acesso terá 2 x 3,60 metros, o acostamento será de 2 x 3 metros, a largura total da plataforma será de 13,20 metros e a faixa de domínio terá 100 metros. Serão instalados 18 bueiros (tubulares e celulares, sendo cinco deles destinados à passagem de fauna).

 

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