Com votação histórica, 16 indígenas se elegeram para as câmaras de MS

Val Eloy Terena (PT) foi a indígena mais votada da história de Campo Grande

Por: Redação Fonte: Fábio Oruê

07/10/2024 às 20h25

Com votação histórica, 16 indígenas se elegeram para as câmaras de MS — Parte dos vereadores indígenas eleitos (Divulgação)

Com uma das maiores populações indígenas do país, Mato Grosso do Sul conseguiu eleição expressiva de indígenas a câmaras municipais nas eleições deste ano, realizadas no último domingo (6). Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 16 novos vereadores que declararam ser indígenas ocuparão assentos nos legislativos municipais em 2025, em 12 cidades.

Um deles, o vereador Éder Alcântara (PSDB), foi o candidato mais votado do município Dois Irmãos do Buriti e permanecerá na Câmara de vereadores do município por mais um mandato.

Confira a lista de indígenas eleitos vereadores em MS:

Fred Terena (PT) – Aquidauana, com 741 votos
Éder Alcântara (PSDB) – Dois Irmãos do Buriti, com 527 votos (mais votado do município)
Gringo Terena (PP) – Sidrolândia, 530 votos
Sérgio Terena (PT) – Nioaque, com 335 votos
Evair Terena (PT) – Miranda, com 425 votos
Cacique Ed Antônio (PT) – Miranda, com 491 votos
Carla Mayara (PT) – Porto Murtinho, com 175 votos
Inaye Lopes Kaiowá (PSDB) – Antônio João, com 304 votos
Cleber Guarani (MDB) – Paranhos, com 272 votos
Ubaldo Kaiowá (PSDB) – Paranhos, com 333 votos
Jaclison Guarani (PSD) – Japorã, com 141 votos
Dorival Guarani (PSD) – Japorã, com 206 votos
Joanir Kaiowá (PT) – Amambai, com 336 votos
Marcelo Kaiowá (PSDB) – Douradina, com 203 votos
Ivan Kaiowá (PSDB) – Tacuru, com 429 votos
Gordo Guarani (PP) – Tacuru, com 334 votos

Indígena mais votada da Capital

Além dos eleitos, as eleições deste ano também marcaram votação expressiva de indígena na Capital: apesar de não ter sido eleita, Val Eloy Terena (PT) conseguiu 885 votos, sendo suplente de vereador dentro do partido pelo qual disputou o cargo eletivo.

“A política não é fácil. A forma em que ela está configurada, o jeito de beneficiar quem já nasce privilegiado no Brasil, o racismo, a violência política de gênero, os obstáculos… tudo isso é muito doloroso de se enfrentar na própria pele”, publicou ela, após o resultado no domingo (6).

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