O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito como presidente do Senado Federal e, consequentemente, do Congresso Nacional, na tarde deste sábado (1º), para o biênio 2025-2027. Ele recebeu 73 votos dos 81 senadores.
Esta é a segunda vez que o parlamentar é eleito como presidente do Senado Federal. Ele já ocupou a cadeira no biênio 2019-2021, quando recebeu 43 votos. O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ocupou o cargo nos últimos quatro anos.
O senador Alcolumbre era tido como favorito na disputa e superou os adversários que mantiveram as candidaturas, o astronauta Marcos Pontes (PL-SP), que recebeu 4 votos, e Eduardo Girão (Novo-CE), que também teve 4 votos.
Alcolumbre teve votos de diversos partidos, como PSD (15), PL (14), MDB (11), PT (9), União (7), PP (6), PSB (4), Republicanos (4) e PDT (3). O senador ainda recebeu votos de três senadores do Podemos e um do PSDB.
A senadora de Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke (PODE-MS), também demonstrou interesse na vaga, mas ela e o colega de partido Marcos do Val (Podemos-ES) retiraram a candidatura horas antes da votação.
Após a primeira reunião preparatória, será feita a eleição da Mesa Diretora do Senado. Durante o discurso, Alcolumbre agradeceu o voto de cada parlamentar.
“Buscarei fazer jus a essa confiança consolidada nessa votação tão expressiva trabalhando com dedicação e humildade. Procurarei fazer com que as leis e o Estado ajudem o cidadão a ter uma vida mais digna”, prometeu o senador.
Após vencer a eleição, o novo presidente do Senado afirmou que buscará, ao longo dos próximos 2 anos, fazer jus à confiança depositada pelos companheiros de Casa.
“Continuo igual. Volto à presidência do Senado, mas continuo sendo senador. Nem maior e nem melhor do que ninguém […] cada senador terá voz e espaço, independentemente de sua ideologia ou orientação política”, afirmou Alcolumbre.
Conforme informações da Agência Senado, David Samuel Alcolumbre Tobelem nasceu em 19 de junho de 1977, em Macapá. Começou a carreira política como vereador da capital amapaense, eleito pelo PDT em 2001.
No ano seguinte, elegeu-se deputado federal. Em 2005, filiou-se ao então Partido da Frente Liberal (depois chamado Democratas e, hoje, União Brasil). Em 2006, conquistou um novo mandato na Câmara dos Deputados.
Em 2009, licenciou-se para assumir o cargo de secretário municipal de Obras e Serviços Públicos de Macapá, durante a gestão do prefeito Roberto Góes. Retornou à Câmara em março de 2010, concorreu a mais um mandato e foi reeleito.
Em 2014, foi eleito senador. Em 2015, comandou a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e, em 2018, licenciou-se para concorrer ao governo do Amapá, mas não foi eleito.
Na volta ao Senado, em 2019, foi escolhido presidente da Casa pela primeira vez, o mais jovem a ocupar o cargo. Naquele mesmo ano, como presidente da República em exercício, assinou a transferência definitiva das terras da União ao Amapá, uma reivindicação do estado de mais de 30 anos.Foi reeleito para o Senado em 2022 e presidia a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).