O presidente do Paraguai, Santiago Penã, fez inspeção ontem (dia 5) nas obras da Rota Bioceânica, corredor viário entre Mato Grosso do Sul e o Chile, no trecho da rodovia que corta o país vizinho.

A estrada que recebe pavimentação sai de Mariscal Estigarribia, no departamento paraguaio de Boquerón, e vai até a Pozo Hondo, município fronteiriço com Mision La Paz, na Argentina.

Conforme ao presidente, o pavimento é preparado para receber tráfego pesado, com a estrutura adequada para ser rota internacional. Os trabalhos também vão incluir o acesso à cidade, melhorias na pavimentação urbana e as pistas de acesso ao aeroporto.

O terceiro trecho da Rota Bioceánica inclui a pavimentação de aproximadamente 224 quilômetros. Destes, 220 correspondem ao corredor principal.

“Geopoliticamente, a obra bioceânica conecta os oceanos Atlântico e Pacífico. A extensão total da rota é de 3.400 km, dos quais 600 estão no Paraguai, aproximadamente 20%. A ponte Carmelo Peralta já está em plena execução e se espera que termine junto com este trecho, o que mudará a dinâmica do Chaco paraguaio", afirma o coordenador Alfredo Sanchez.

Maquinário em trecho de obra da Rota Bioceânica no Paraguai. (Foto: Toninho Ruiz)
Ligando Porto Murtinho (MS) com o Paraguai, a ponte terá 1.294 metros de extensão. A obra é dividida em três trechos. Dois constituirão os viadutos de acesso em ambas as margens do rio e uma corresponderá à parte estaiada, medindo 632 metros, com vão central de 350 metros.

Integração – De 18 a 20 de fevereiro, Campo Grande será palco do encontro de autoridades regionais do Brasil, Argentina, Chile e Paraguai, que estarão reunidas no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, no Parque dos Poderes, para discutir as oportunidades e desafios da Rota Bioceânica.