O preço do ovo dispara e bate recordes. Nos Estados Unidos e no Brasil, os consumidores estão vendo o custo com a proteína subir quase 50%, pesando no orçamento. Nesta quinta-feira (20/2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou os valores atuais da cartela de ovos como absurdos e disse que não é possível controlar os preços do dia para a noite.
A gripe aviária é a principal responsável pela crise do ovo nos Estados Unidos, onde o setor tem sofrido com problemas de abastecimento. No Brasil, o alcance da gripe aviária, pelo menos até o momento, tem sido limitado.
Os casos registrados até o momento pelo Ministério da Agricultura se concentram em aves silvestres e em planteis de criação doméstica. Não há registros de infecção em granjas comerciais, um diferencial sanitário que tem sido usado pelo Brasil como diferencial para conquistar mercados à medida que a doença avança pelo mundo.
No entanto, ainda assim, o preço dos ovos disparou no país. Em janeiro, o produto chegou a aumentar até 40% em algumas regiões brasileiras, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No mercado brasileiro, o comportamento dos preços reflete uma escassez de oferta e um fortalecimento da demanda pela proteína.
Ao produtor, a alta do ovo foi significativa. Em Bastos, no interior de São Paulo, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou a caixa com 30 dúzias do ovo branco valendo R$ 149,99 no dia 2 de janeiro deste ano. Em 19 ne fevereiro, o valor bateu 208,99, variação de 45,14%. Em 19 de fevereiro de 2024, o preço pago ao produtor era de R$ 169,16 a caixa.
Os ovos vermelhos acompanharam a tendência. No dia 2 de janeiro, comprar do produtor uma caixa com 30 dúzias custava R$ 167,12. No dia 19 de fevereiro, R$ 240,94, aumento de 44,17%. No dia 19 de fevereiro de 2024, a cotação média era de R4 197,17 a caixa.
No atacado da Região Metropolitana de São Paulo, a referência do Cepea mostra uma alta de 45,18% no período, com a caixa de 30 dúzias saltando de R$ 151, 62 no dia 2 de janeiro para R$ 220,13 no dia 19 de fevereiro. O ovo vermelho passou de R$ 172,08 para R$ 251,02 no período, valorização de 45,87%.
O Cepea explica que, no ano passado, a produção de ovos aumento 10,5% apenas entre janeiro e setembro. Para o início deste ano, os produtores acabaram controlando um pouco mais a oferta, considerando que a procura é menor. Com o retorno do período letivo nas escolas do país, a demanda sobe, levando à alta nos preços.
“A expectativa é de que continue em preços mais elevados até o período de Quaresma, em que tradicionalmente já tem uma demanda elevada. Após a Quaresma é que vamos poder observar se esse patamar vai se manter”, explicou a pesquisadora Cláudia Scarpellin, à Globo Rural.
A Quaresma é um período de 40 dias entre a Quarta-feira de Cinzas e a semana da Páscoa. Tradicionalmente, o consumo de carnes diminui, abrindo espaço para outras proteínas. O ovo é uma delas. Para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne a indústria do setor, este é um dos fatores que levam a crer que a atual alta da cartela de ovos é sazonal, e que os preços tendem a baixar.
Os ovos vermelhos acompanharam a tendência. No dia 2 de janeiro, comprar do produtor uma caixa com 30 dúzias custava R$ 167,12. No dia 19 de fevereiro, R$ 240,94, aumento de 44,17%. No dia 19 de fevereiro de 2024, a cotação média era de R4 197,17 a caixa.
No atacado da Região Metropolitana de São Paulo, a referência do Cepea mostra uma alta de 45,18% no período, com a caixa de 30 dúzias saltando de R$ 151, 62 no dia 2 de janeiro para R$ 220,13 no dia 19 de fevereiro. O ovo vermelho passou de R$ 172,08 para R$ 251,02 no período, valorização de 45,87%.
O Cepea explica que, no ano passado, a produção de ovos aumento 10,5% apenas entre janeiro e setembro. Para o início deste ano, os produtores acabaram controlando um pouco mais a oferta, considerando que a procura é menor. Com o retorno do período letivo nas escolas do país, a demanda sobe, levando à alta nos preços.
“A expectativa é de que continue em preços mais elevados até o período de Quaresma, em que tradicionalmente já tem uma demanda elevada. Após a Quaresma é que vamos poder observar se esse patamar vai se manter”, explicou a pesquisadora Cláudia Scarpellin, à Globo Rural.
A Quaresma é um período de 40 dias entre a Quarta-feira de Cinzas e a semana da Páscoa. Tradicionalmente, o consumo de carnes diminui, abrindo espaço para outras proteínas. O ovo é uma delas. Para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne a indústria do setor, este é um dos fatores que levam a crer que a atual alta da cartela de ovos é sazonal, e que os preços tendem a baixar.
Com a redução dos planteis, a produção de ovos foi diretamente afetada no curto prazo, situação que deve durar pelo menos por mais alguns meses, considerando a necessidade de reposição das poedeiras nas granjas. O consumidor americano deverá continuar vendo o ovo mais caro nas gôndolas. Nas projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o preço deve subir em torno de 20% em 2025.
Diante da situação, o órgão do governo americanos já revisa suas projeções para o segmento. Em relatório divulgado nesta semana, o USDA aponta que o consumo médio per capita de ovos em 2025 deve ficar em 207,7 unidades, ou 22,6 dúzias. Em dezembro de 2024, a produção americana foi calculada em 652,8 milhões de dúzias, queda de 3,7% em comparação com o mesmo mês em 2023.
Em 2024, a produção de ovos de mesa nos Estados Unidos totalizou 7,75 milhões de dúzias, 1,4% em relação a 2023. Para 2025, a projeção é de nova queda. O volume deve ser de 7,65 milhões de dúzias, 1,3% a menos que no ano passado. Um reflexo direto da diminuição dos planteis nas granjas.