Mato Grosso do Sul movimentou R$ 1,8 milhão de toneladas pela hidrovia do Rio Paraguai, no primeiro trimestre de 2025. O volume é 100% maior que o registrado no ano passado, quando o Estado enfrentava uma crise hídrica.

Os dados da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) mostram que a grande maioria dos produtos transportados foi minério de ferro, seguido por quantidades bem menores de soja e terras e pedras. Para se ter ideia, no primeiro trimestre de 2024, foram transportadas 906 mil toneladas pela hidrovia.

No porto Gregório Curvo, em Porto Murtinho, a movimentação cresceu 43,3%; no Tup VEtorial, foram 286% a mais. Ainda segundo a Antaq, na Granel Química 621% e no Itahum, crescimento de 196% no volume de produtos movimentado pelo terminal.

Boa navegação

Os dados de navegação refletem uma boa notícia: a cheia no Pantanal. Em 2024, a região enfrentou uma crise extrema, atingindo o menor nível do Rio Paraguai em 124 anos, em Ladário. Com isso, houve alta nos focos de queimadas e fechamento da navegação.

Nesta terça-feira (20), o Rio Paraguai em Ladário marca 2,70 metros de altura. Para se ter ideia, no mesmo dia de 2024, o nível estava em 1,44 metros. Mais de um metro de diferença, conforme a Marinha.

De acordo com dados da Marinha do Brasil, em Porto Murtinho, a mudança é ainda maior: 2,20 metros no ano passado para 5,30 metros, atualmente.

Exportações

O reflexo do aumento no nível do Rio Paraguai é sentido nas exportações. Entre janeiro e abril deste ano, as exportações via portos de Porto Murtinho cresceram 279% em termos de volume, na comparação com o mesmo período de 2024. São 80 milhões de toneladas contra 19 milhões de toneladas.

Conforme dados da Semadesc, as exportações via porto de Corumbá também cresceram. O volume exportado no primeiro quadrimestre de 2025 é 33,7% maior que no mesmo período do ano passado. O volume passou de 225 mil toneladas para 418 mil toneladas.