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“Minha mãe era meu xodó”, diz filho de mulher morta após ter corpo queimado

Mulher foi assassinada após rejeitar proposta de relacionamento do autor, que foi preso em flagrante.

Redação
Por: Redação Fonte: CG News
07/06/2025 às 19h58
“Minha mãe era meu xodó”, diz filho de mulher morta após ter corpo queimado
Lourenço Xavier foi preso em flagrante por policial do Bope (Foto: divulgação)

“Minha mãe era meu xodó e eu era o xodó dela”. A frase resume a dor do filho de Eliana Guanes, de 59 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande após ter o corpo incendiado pelo capataz de uma fazenda, na região do Pantanal da Nhecolândia, zona rural de Corumbá, área de difícil acesso.

A vítima trabalhava como camareira na propriedade desde 2022 e, segundo o filho, Eliana era viúva há 17 anos. “Desde que meu pai faleceu, ela nunca mais teve relacionamento nenhum”, contou. Ele afirmou ainda que o autor, identificado como Lourenço Xavier, de 54 anos, não tinha qualquer tipo de vínculo com a mãe. “Nunca vi ele na vida", afirmou.

Abalado, o jovem de 29 anos, que pediu para não ser identificado, falou com o a reportagem, nesta manhã na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), enquanto fazia a liberação do corpo da mãe.

Ele relembrou que já havia alertado Eliana sobre os riscos de continuar trabalhando na fazenda. “Eu sempre falava: não volta, não volta. Toda vez ela tinha desavença, de peão ficar bêbado e dar em cima", lamentou. O rapaz confirmou que a mãe já havia sofrido episódios de assédio no local e criticou a negligência da administração da propriedade.

Emocionado, disse que a mãe era tudo o que lhe restava. “Meu irmão faleceu há três anos por causa natural. Era só eu e minha mãe, único laço de sangue que me restava. Agora que ela se foi, eu não tenho praticamente ninguém”, disse.

Com dificuldades financeiras, o jovem ainda não sabe como será feito o velório. “Nossa família é distante. A rede de apoio dela era eu”, destacou. Eliana foi socorrida de avião pelo Corpo de Bombeiros após o ataque, ocorrido na tarde de sexta-feira (6), mas não resistiu às queimaduras e morreu horas depois. O capataz, suspeito pelo crime, foi preso em flagrante.

Em entrevista ao Diário Corumbaense, o delegado explicou que o autor do crime, teria se irritado após ter uma proposta de relacionamento recusada pela vítima. “Algumas informações iniciais e áudios que tivemos acesso dão conta de que ele teria proposto um relacionamento à vítima, mas ela disse não. Ele não aceitou e, por esse motivo, ateou fogo nela. Por esse menosprezo ao gênero da mulher, à condição de mulher, o crime se enquadra como feminicídio, sim, apesar de não haver relação íntima ou familiar entre eles”, afirmou.

Caso - Eliana sofreu queimaduras de 2° e 3° graus e teve 90% do corpo atingida depois de Lourenço jogar gasolina e atear fogo nela. O crime ocorreu por volta das 14h de ontem. Equipes do Grupamento de Operações Aéreas e Unidade de Resgate e Suporte Avançado do Corpo de Bombeiros Militar, realizaram o transporte da vítima em um avião, mas ela chegou à Santa Casa da Capital sem sinais vitais. O óbito foi confirmado às 23h30.

Na rede social, o Grupamento de Operações Aéreas informou que realizou pela primeira vez na história um resgate aéreo noturno no Pantanal.

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