A construção da ponte sobre o Rio Paraguai, principal ligação da Rota Bioceânica entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, chegou a 79% de execução do lado paraguaio e deve fechar o mês de junho sem atrasos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (26) por técnicos que acompanham a obra pelo MOPC (Ministerio de Obras Públicas y Comunicaciones).
Segundo o órgão, a estrutura avança de forma equilibrada nos dois lados da fronteira e já alcançou a etapa de "superestrutura". A ponte terá 1.294 metros de extensão, com uma seção atirantada de 632 metros, sendo o vão central de 350 metros, além de dois viadutos de acesso e trechos rodoviários em cada margem.
Ainda conforme o MOPC, na margem paraguaia, o aterro de acesso já recebeu a última camada de material e avançam os trabalhos de base para a pavimentação da via. Sobre a parte central da ponte, do tipo estaiada, as equipes intensificaram a montagem das peças de concreto que formam o tabuleiro e a instalação dos cabos de sustentação.
O projeto prevê ainda um canal de navegação com 195 metros de largura e 29 metros de altura livre. A obra é executada pelo Consórcio PY-BRA e fiscalizada pelo governo paraguaio. O investimento total estimado é de US$ 102,6 milhões, financiados pela margem de Itaipu.
Considerada peça-chave da Rota Bioceânica, a ponte vai encurtar o caminho entre os portos do Chile e os mercados asiáticos, fortalecendo a posição estratégica de Mato Grosso do Sul no comércio internacional.
Já as obbras no trecho entre Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, no Chaco paraguaio, foram ampliadas com frentes simultâneas e turnos estendidos desde abril, após atrasos provocados por chuvas entre março e maio. A intervenção integra o projeto rodoviário que liga Carmelo Peralta a Pozo Hondo.
O Consórcio TCR, responsável pelo Lote 4, atua em quatro pontos da estrada com serviços de manutenção de vias de acesso, limpeza, remoção de vegetação, retirada e construção de cercas, além da execução de aterros e fundações em mais de 20 quilômetros. O trecho inclui também o acesso ao aeroporto de Pozo Hondo e a construção da pista.
O contrato de cada um dos quatro lotes soma 669 milhões de guaranis (cerca de meio milhão de reais) e é financiado pelo Fonplata (Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata). O consórcio é formado pelas empresas Ingeniería de Topografía y Caminos S.A., Constructora Isacio Vallejos S.A. e Rovella Carranza S.A., com supervisão do Consórcio Chaco.