Investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) apontou que empresas de especialidades médicas cobravam da Prefeitura de Nioaque por exames que não eram realizados de fato, segundo o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção).
O grupo, com a 1ª Promotoria de Justiça de Nioaque, deflagraram nesta manhã a Operação Auditus, que mirou em fraudes em licitações na área da saúde da Prefeitura de Nioaque. Além do município, os agentes estiveram em Bonito e Jardim para o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão.
Um dos endereços onde o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) esteve, segundo apurado pelo Jornal Midiamax, foi na casa da ex-secretária de saúde de Nioaque, Márcia Jara. Ela atuou como titular da saúde na gestão anterior, do ex-prefeito Valdir Júnior (PSDB).
Por sua vez, Valdir ficou à frente do município entre 2017 e 2024, sendo sucedido pelo prefeito André Guimarães (PP). Além disso, Valdir comandou a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), entre 2021 e 2024.
As fraudes consistiam em cobranças indevidas de inúmeros exames, que não aconteciam de fato realizados. A investigação identificou a ocorrência de fraudes em licitações com empresas da saúde, entre 2019 e 2024.
As empresas eram contratadas para a prestação de serviços de especialidade médica por meio de consultas, realização de exames e procedimentos médicos.
Assim, os envolvidos fraudavam a execução dos contratos. O MPMS estima que o rombo aos cofres públicos ultrapasse os R$ 3 milhões, entre os anos de 2019 e 2024.
“Auditus’, termo que dá nome à operação, vem do latim, que significa audição. Isso porque um dos exames fraudados era o de triagem auditiva neonatal, conhecido como teste da orelhinha.